Meu mundo caiu!

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Ok, o universo é muito grande e nós, seres humanos, temos o estranho hábito de querer medir e comparar tudo. São muitos zeros pra dizer quanto o sol está longe da terra, o tamanho de uma estrela, volume de alguma galáxia e outras coisas absurdamente grandes que não dá pra imaginar direito. Só que como o pessoal da ciência pensa que todo mundo gosta de matemática, eles acham que vão simplificar alguma coisa colocando números multiplicados por dez elevado a algum outro número. Por exemplo a distância do Sol até a Terra é de 150000000000 metros, "elegantemente" escritos como 1,5x10^11 (lê-se um vírgula cinco vezes dez elevado a onze). Depois de um tempo, você se acostuma e começa a achar legal não ter que colocar um monte de zero, pode reduzir as respostas (ah! a preguiça...) e até consegue imaginar o tamanho das coisas pelo número que o dez está sendo elevado.
Eu fui uma dessas pessoas que se acostumou com essa forma de escrever números grandes, chamada de notação científica. Só que um belo dia desses meu mundo caiu! Pensa por exemplo, a distância de Mercúrio até o Sol é de 6x10^10 metros. Então mercúrio está "dez elevado a dez" e a Terra está "dez elevado a onze", pertinho! PÈÈÈÈÈÈ! ERRADO! Nesse momento eu tomei um tapa! Como assim não estão perto? 10 e 11 não são números tão próximos? Parafraseando o poeta Mussum, "como isso é possivis"? Foi aí que eu me toquei que de "dez elevado a dez" para "dez elevado a onze" tinha muita, mas muita coisa! Pensa só, para você dar uma volta na terra são 4x10^7 metros, é um número bem grande não é? Agora imagina dez vezes maior do que esse número que já era muito grande! Isso é 4x10^8! De sete para oito é muita coisa! Em um você dá uma volta e no outro você dá DEZ voltas. E olha que oito é um número muito próximo de sete! Depois que eu percebi isso, o verde ficou mais verde, o azul ficou mais azul, comecei a ouvir o canto melodioso dos pássaros, a vida ficou mais alegre e quando eu vejo uma tabela com a distância e tamanho dos planetas eu consigo comparar melhor o quanto eles são ou não grandes! Não é o máximo?
 

"Eu estudei essas coisas - você não"

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Newton é um cara levado muito a sério, na minha opinião até mais do que deveria pela personalidade excêntrica que tinha. No livro A Vida de Sir Isaac Newton, escrito por Sir David Brewster, essa citação é tida como uma resposta a Edmond Halley toda vez que ele fazia algum comentário maldoso sobre religião. Pode ter sido uma evidência que Newton defendia a Astrologia. Posso imaginar Newton lendo seu horóscopo toda manhã.





 

Paul Feyerabend

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Texto publicado em 01/06/2009 no blog cosmonauta.
Feyerabend, fazendo uma careta verycrazy
Feyerabend tornou-se famoso pela sua visão anarquista da ciência e por sua suposta rejeição da existência de regras metodológicas universais. Ele indignou-se especialmente com atitudes condescendentes de muitos cientistas em relação a tradições alternativas. Por exemplo, ele pensava que opiniões negativas a respeito da astrologia e a eficiência de danças da chuva não estavam justificadas por pesquisas cientifícas, e dissimulavam predominantemente atitudes negativas de elitismo e racismo. Em sua opinião, a ciência tornou-se uma ideologia repressiva, muito embora tenha surgido como um movimento de libertação. Segundo o pensamento de Feyerabend uma sociedade pluralística deve proteger-se de ser muito influenciada pela ciência, assim como de outras ideologias.

Iniciando com a suposição de que um método científico universal historicamente não existe, Feyerabend argumenta que a ciência não merece ostatus privilegiado que possui na sociedade ocidental. Uma vez que os pontos de vista científicos não surgem de um método universal que garanta conclusões de alta qualidade, ele sustentou que não há justificação para a valorização científica reivindicada sobre outras ideologias, como as religiões, por exemplo. Argumenta também que conquistas científicas como a chegada do homem à lua não são razão suficiente para dar à ciência um status especial. Em sua opinião, não é justo utilizar suposições científicas para determinar quais problemas merecem ser resolvidos e para julgar o mérito de outras ideologias. Além disso, o sucesso dos cientistas está tradicionalmente envolvido com elementos não-científicos, tais como inspiração a partir de pensamentos míticos ou de fontes religiosas.

Baseado nestes argumentos, Feyerabend defendeu a idéia de que a ciência deve ser separada do estado da mesma maneira que a religião é separada na moderna sociedade secular. Ele vislumbrou uma "sociedade livre" na qual "todas as tradições têm iguais direitos e igual acesso aos centros de poder". Por exemplo, os pais devem ser capazes de determinar o contexto ideológico da educação de seus filhos, em vez de terem suas opções limitadas pelos padrões científicos. De acordo com Feyerabend, a ciência deve também estar sujeita ao controle democrático: não apenas determinar que assuntos devem ser pesquisados através de eleição popular, as suposições e conclusões científicas também devem ser supervisionadas por comitês de pessoas leigas. Segundo ele os cidadãos devem utilizar seus próprios princípios ao tomar decisões a respeito do que realmente importa. Em sua opinião, a idéia de que as decisões devam serracionalistas é elitista, pois assume que filósofos ou cientistas estão em posição de determinar os critérios pelos quais as pessoas em geral devem tomar suas decisões.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Paul_Feyerabend
 

Johannes Kepler

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Johannes Kepler foi um cara azarado que nasceu em 27 de Dezembro de 1571, na pequena cidade católica de Weil der Stadt, no sul da Alemanha, mas se tivesse nascido numa sexta feira 13 eu não me espantaria. Seu pai era militar e seguiu para os Países Baixos quando ele tinha 3 anos, quando ele tinha 4, ano que ele pegou varíola, sua mãe o deixou com os avós até a volta dos pombinhos dois anos depois.
Depois da doença sua estrutura física ficou com a saúde fragilizada e deve ter começado a ficar nerd nessa época. Foi orientado por professores a entrar para o seminário "Stift", era de sua vontade também entrar. Keplerzinho revelou uma extraordinária habilidade matemática e ficou famoso por isso, sendo convidado a ensinar matemática no seminário protestante da universidade de Graz, na Áustria, onde chegou com seus 23 aninhos e provavelmente virgem. Nessa época ele cortejou (na época não tinha orkut nem MSN) Barbara Müller, com quem se casou três anos depois. Casar com 25 anos tá bom, até aqui nenhuma anomalia digna de um azarado. Inclusive ele era metido a adivinhar o futuro através da astrologia, sinais e horóscopo, que não livrou-o da péssima condição financeira que ele vivia. Era calendarista da cidade de Graz e previa clima, informava a população a melhor hora para plantar e previa guerra, epidemias, eventos políticos e outras desgraças. Seus calendários proféticos tornaram sua reputação quase lendária, esses calendários ficaram tão conhecidos que eu até alguns minutos atrás desconhecia sua existência. Com um ano de casamento nasceu seu primeiro filho, alegria que durou seis dias, quando ele morreu de meningite. No ano seguinte, nasce uma menina que morre, vítima de meningite também depois de cinco dias.
Kepler enfrentava também problemas por sua escolha religiosa, sofrendo perseguições. No ano seguinte a morte de seu segundo filho, ele deixa Graz depois de Fernando II de Hasburgo, líder da contra-reforma católica, fechar o colégio e a igreja protestante que ele dava aula.
Tycho Brahe convida-o para morar em Praga, nomezinho que muito tem a ver com a trajetória da vida de Kepler. Durante essa estadia a família cresce, dois anos depois nasce Susana, no ano seguinte Frederick e Ludwig. Mas apesar da filharada, o casamento não era feliz. Barbara adoeceu gravemente e não suportou a morte de Frederick, já com 6 anos, morrendo um ano depois. Nesse ano, Kepler parte para Linz, onde se casa com uma viúva.
Dizem as más línguas, mais especificamente Haward Eves, seu segundo casamento não foi mais feliz que o primeiro, ainda que ele tenha analisado os prós e contras de onze raparigas antes de escolher a errada!
O insaciável Kepler teve mais seis filhos nessa brincadeira, dos quais três morreram muito cedo. Nessa mesma época, como se não bastasse, sua mãe foi acusada de feitiçaria, torturada e condenada a morrer na fogueira, coisa que o seu filhote não permitiu, conseguindo livrá-la da pena. Seis anos depois de tirar a mãe da fogueira foi acusado de heresia, selando sua biblioteca. Partiu para Ulm, às margens do rio Danúbio onde completou os cálculos relativos às posições das 777 estrelas observadas por Tycho Brahe, às quais acrescentou 228. Percebe-se que o casamento não era lá grandes coisas, já que passava as noites contando estrelas e esperando elas se moverem.
Quatro anos depois, num inverno rigoroso kepler morre aos 61 anos, deixando seu trabalho para Newton, "mona" barraqueira, que se apoiou nele para ter toda glória e fama só para ele. Até morto, Kepler se ferrou.