Évarist Galois

Category: By burrilo

Évaris Galois (Evarist Galoá) foi um cara muito doido. Era filho do prefeito, adorava matemática e aos doze anos presenciou uma rebelião estudantil a favor da república ser esmagada e uma dúzia de lideres serem expulsos. No dia seguinte mais de cem estudantes foram expulsos por não terem demonstrado fidelidade a Luís XVIII. Galois era muito novo para participar da rebelião mas aumentou suas tendências republicanas a ver tamanha humilhação de seus colegas.
Aos dezesseis pode fazer seu primeiro curso de matemática. Fez isso e só isso, simplesmente ignorou as outras matérias dando muito trabalho para os professores e sendo contantemente castigado. Apesar disso, era tão bom em matemática que em pouco tempo o pestinha sabia mais que os professores e começou a estudar direto dos livros de gênios de sua época. Com dezessete anos, ao invés de estar curtindo a vida adoidado, publicou seu primeiro trabalho. Era um menino prodígio, tinha conhecimento suficiente para passar nas provas de sua escola, porém seuas soluções eram tão sofisticadas e inovadoras que nem os professores entendiam direito e muitas vezes ficavam frustrados e perplexos com as contas que o pivete fazia de cabeça. Galois era precipitado e explosivo, o que fez que nenhum de seus tutores fosse muito com a cara dele.
Quando tentou entrar na escola politécnica, renomada e conhecida como centro de ativismo republicano, apesar de saber o suficiente para passar, não conseguia passar das provas orais, fazia saltos lógicos que deixavam os examinadores confusos. Reprovado uma vez mas desesperado para entrar na escola, tentou no ano seguinte novamente sendo mais uma vez reprovado. Na terceira vez que tentou, irritado e frustrado por sua inteligência não ser reconhecida, Galois atirou um apagador no examinador acertando em cheio e como era de se esperar, foi reprovado novamente. Depois dessa ele nunca mais tentou entrar na politécnica.
Confiante em seu talento matemático ele continuou seus estudos querendo achar uma receita para resolver equações de quinto grau, um dos grandes desafios de sua época. Desenvolveu trabalhos bons o suficiente para concorrerem ao Prêmio de Matemática da Academia, onde Cauchy, muito impressionado, julgou-o capaz de participar.
Na mesma época, um sacerdote jesuíta chegou na cidade onde o pai de Galois era prefeito e assinou alguns poemas satíricos falando mal das pessoas da cidade, o que levou a popularidade dele ao chão. O velho Galois não suportou o embaraço e se suicidou. Teve confusão até no enterro, onde aconteceu uma briga e o caixão ao invés de ser colocado na cova foi praticamente atirado nela. Galois filhote ficou indignado e consolidou seu apoio fervoroso à causa republicana.
Voltando à paris, ele enviou seus trabalhos para o secretário da academia, Joseph Fourier, bem antes do prazo. Seu trabalho era tão bom que muitas pessoas achavam que ele era um provável ganhador do concurso, porém para espanto de Cauchy e seus amigos, Galois não ganhou. Seu trabalho sequer foi entregue à comissão e nunca mais foi encontrado. No ano seguinte enviou novamente seus manuscritos que foram rejeitados com a alegação que seu trabalho não possuia argumentos suficientes e não eram claramente desenvolvidos, o que reforçou a idéia que Galois tinha de que seu trabalho havia sido propositalmente perdido no ano anterior. Em consequencia disso virou um defensor fervoroso da causa republicana, deixando de lado suas pesquisas.
Revoltado, o gênio resolveu virar rebelde profissional e alistou-se na Artilharia da Guarda Nacional, milícia conhecida como "inimigos do povo". Antes do fim do mesmo mês em que ele se alistou, o novo rei Louis-Phillipe extinguiu a milícia exatamente para evitar novas rebeliões. Galois se viu desamparado e sem lar. Alguns de seus colegas matemáticos começaram a se preocupar com seu destino, vendo seu talento ser desperdiçado.
Estava completamente sem rumo e fazendo bobagens. Num banquete em homenagem a dezenove republicanos acusados de conspiração, levantou bêbado e com um punhal na mão e fez ameaças ao rei. Galois foi preso por um mês mas absolvido por não existirem provas que confirmassem que ele fez a ameaça e também pela sua idade (menos de vinte anos na ocasião). No mês seguinte foi preso novamente, sentenciado a seis meses de prisão onde, por influência da malandragem que o cercava, começou a beber muito. Uma semana depois um franco atirador acertou um companheiro que estava ao seu lado, o que fez aumentar a desconfiança que havia um complô do governo para matá-lo.No isolamento, frustrado e com medo da perseguição política aterrorizando suas idéias, entrou num estado de depressão. Bêbado e delirante tentou se matar com uma faca mas seus amigos republicanos conseguiram desarmá-lo.
Quando terminou sua pena, o jovem gênio bebum conheceu uma rapariga, Stephanie, com quem teve um caso. O único porém é que essa moçoila era comprometida com o melhor atirador da frança, que não hesitou em desafiar Galois para duelar pela honra da moça. Naquela noite, vendo que era sua última chance de registrar suas idéias, escreveu cartas para seus colegas e uma para Auguste Chevaluer, pedindo que caso morresse, suas páginas contendo sua solução para equações de quinto grau (e muito mais) fossem enviadas para grandes matemáticos da Europa.
Dito e feito, no dia seguinte Galois morreu, com vinte anos, no duelo e somente dez anos depois, perceberam que ele não só tinha resolvido a questão das equações de quinto grau mas sim qualquer equação de qualquer grau!
 

1 comment so far.

  1. Anônimo 22 de setembro de 2009 às 06:29
    que coisa, não?
    pelo menos ele traçou a doidinha lá hehe

Something to say?